Há 10 anos a Índia caía de amores pela atriz americana Julia Roberts. Segundo a mídia indiana, ela havia sido fisgada pela cultura do país após ter passado alguns meses lá para filmar o sucesso de Hollywood Eat, Pray, Love (Comer, Rezar, Amar).
Muito diferente da atitude de astros globais que fazem exigências absurdas para visitar algum lugar, Roberts foi a simplicidade em pessoa e chegou a levar seus três filhos com ela para passar alguns meses nos sets de filmagem em duas locações da Índia: Pataudi (no estado de Haryana), e Delhi.
Os indianos costumam ser sensíveis com sua cultura e qualquer sinal de desrespeito por parte de estrangeiros é muito, mas muito mal visto. Não foi o caso de Julia Roberts, que filmou no Ashram (retiro espiritual hindu) Hari Mandir e soube apreciar a culinária local.

O filme (2010) é baseado nas memorias de Elizabeth Gilbert, publicadas em livro (2006) e Julia Roberts encenou justamente o papel de Elizabeth, a americana que larga tudo e viaja por um ano para três países (Itália, Índia e Tailândia) durante uma crise existencial e após um divórcio. O livro de Gilbert (Comer, Rezar, Amar) entrou para a lista dos mais vendido do New York Times.
A reação da crítica foi mista, tendendo ser mais crítica. Mas o filme foi um sucesso de público. Após a Itália, onde se esbaldou com as mesas fartas, a personagem Elizabeth desembarca no caos indiano dos arredores de Delhi, a capital. No ashram, meditou, meditou e meditou. Conheceu outras pessoas que buscavam se reencontrar. “Para chegar ao castelo, é preciso nadar pelo fosso”, constatou o americano que ela conhece lá. O ensinamento indiano diz para viver o presente, mas Elizabeth não se cansava de pensar no futuro: “O que vou fazer quando este ano acabar? Onde vou morar?”. Faz parte do processo. Como outros visitantes, Elizabeth fez a “seva”, ou o serviço altruísta dos ashrams: lavou chão, obedeceu ao voto de silêncio e tudo mais.
Veja aqui o trailer:
Julia Roberta, segundo a mídia indiana, se declarou adepta do Hinduismo e teria apresentado seus três filhos Hazel, Phinnaeus e Henry com nomes indianos (Mahalaxmi, Krishna Balaram e Ganesha) a um guru famoso, Swami Dharmdev, que dirigia o ashram onde ela filmava. Tanto Julia quanto os filhos deixaram o guru atar em seus pulsos o tradicional Raksha Sutra (fio sagrado).
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